Embora tenha-se criado a ideia de que zumbido não tem cura, o problema pode ser tratado com medicamentos e terapia de habituação. 

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a percepção de um som que não está sendo gerado no ambiente afeta 278 milhões de pessoas. No Brasil, são 28 milhões que convivem com o sintoma que pode ser constante ou que vai e volta. Há zumbidos agudos e graves, semelhantes a barulhos como apito, chiado, cachoeira, panela de pressão, motor e grilo.

O grande obstáculo para o tratamento do zumbido é descobrir o que leva a essa emissão indiscriminada de impulsos elétricos ao cérebro, já que o zumbido em si não é uma doença, e sim, um sintoma.

Excesso de cera, exposição prolongada a sons acima de 85 decibéis, infecções e lesões do ouvido, além da perda auditiva são as causas mais comuns do problema. No entanto, muitos outros fatores que aparentemente não têm nada a ver com o sistema auditivo podem dar origem a esse sintoma. Desvios de coluna, doenças neurológicas e psiquiátricas, alterações cardiovasculares, diabetes, disfunções da articulação da mandíbula, bruxismo, consumo excessivo de cafeína, álcool, tabaco e alguns medicamentos (ácido acetil salicílico, anti-inflamatórios e antibióticos), além de alterações hormonais, são alguns deles.

Por ser constante, esse barulho pode afetar o sono, a concentração e o equilíbrio emocional, desencadeando sintomas depressivos e ansiedade, influenciando diretamente na qualidade de vida.

Especialistas recomendam que ao primeiro sinal do problema, as pessoas busquem ajuda. Por ser um sintoma com origem multifatorial, é recomendado que o zumbido no ouvido seja supervisionado por uma equipe multidisciplinar composta por: otorrinolaringologista, dentistas, fonoaudiólogos, psicólogos, entre outros.

Atualmente, mais de 70% dos pacientes já consegue ter melhora parcial do zumbido quando um tipo de tratamento é bem indicado. Dentre os tratamentos estão a identificação dos “gatilhos” que desencadeiam o zumbido, uso de medicamentos específicos, terapia sonora com uso de aparelhos auditivos e aplicativos para celulares, contando sempre com acompanhamento especializado.

Algumas medidas diminuem e eliminam o problema. O sucesso do tratamento depende da identificação das causas do zumbido e da resposta individual.